"O despertar do novo dia, 31 de outubro de 2010, veio com o canto da cigarra anunciando a força do trabalho desta nação. Foi preciso acordar e se benzer, pedindo a Toda força espiritual deste país proteção para o nosso povo.
São 06.00 horas, santo dia, santa hora, é preciso despertar todo o corpo além do olhar.
Necessito registrar a inspiração, pois com o saudar do dia com o canto da anunciação é impossível se manter deitada e perder a enxurrada de desejos de boas vindas ao novo presidente da nossa Nação.
Peço a Deus que proteja a escolha do nosso povo, que nas comunidades se acenda a chama da compreensão que é preciso desenvolvimento para dar um rumo a educação, desta forma nossas crianças poderão no futuro saber que uma mulher foi capaz de mudar a história por conta dos nossos votos.
Peço a Deus que a continuidade vá além do que já temos de força, força e coragem a Dilma já tem de sobra, o passado já registra o quanto está senhora foi contra o estabelecido, e o estabelecido na época era ditatorial. Hoje o nosso líder Lula, simples como os seres do mar, porém complexo como o respirar nas águas, modificou o retrato da desigualdade. Começou a pintar os morros e comunidades com o saber, a socializar as cidades dando luz para o povo, fartando a igualdade e despertando nesta gente poderosa o medo do confronto com as pessoas comuns.
Peço a Deus para dar discernimento ao destino deste nosso país, que Ele, entre no entendimento da maioria é concretize o desejo de ter um país melhor.
É preciso muito trabalho, principalmente na saúde que em nosso país anda adoecida, enchendo os corredores dos hospitais de agonia, deixando o chão dos mesmos em macas deitados os anciões da Pátria.
É preciso muito trabalho, mas mulher dá conta, estuda, trabalha fora, cuida da casa, dos filhos dos netos e ainda precisa por conta do olhar machista estar linda e com o semblante descansado sorrindo para toda a sua ação e platéia.
Desejo que haja paz neste dia, que Deus ilumine ao povo de nossa nação ao voto; registro do seu destino, registro do meu, dos meus filhos, família, comunidade, bairro, estado e país.
Traga para o nosso povo a verdade, traga para o nosso novo dirigente a lealdade com o desenvolvimento do seu povo sem esquecer que somos cidadãos do mundo como Luiz Inácio da Silva, “Lula”, consegui com a sua simplicidade e capacidade de grande articulador e diplomacia mostrar aos países do exterior o valor de um representante legitimo do povo brasileiro.
Peço a Deus que nos dê a honra de ter como presidente do nosso país, a Dilma, não permita que nada lhe tire este direito ao brilho, que a força empreendedora da mulher chegue de vermelho com o PT e com o brilho da alma maternal pela Pátria que de fato poderá utilizar o versos do nosso Hino Nacional que já demonstrava a feminilidade protegendo os nossos destinos.
A liberdade está no seio com o desafio ao nosso peito da própria morte da miséria, da falta de educação de uma saúde inadequada dos desmatamentos que os ignorantes persistem em tirar proveito.
Que possamos cantar, Oh Pátria amada, abençoada, já é de uma mãe que vai além do gentil, é firme, é guerreira, tem uma espada na mão como Iansã e vai defender este povo do domínio do poder.
Seja bem vinda senhora Presidente do Brasil, o tapete vermelho e teu, o coração vermelho deste povo é de quem irá transformar a cognominada minoria, pois a minoria já deitou em berço esplêndido e está indo de encontro à maioria dentro do contexto do desenvolvimento da nossa nação.
Que tenhas a capacidade de avançar nas políticas públicas deste país e que sejas a referencia de mulher no comando de uma nação.
Que Deus te abençoe."
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
SERRA E SUA CAMPANHA FASCISTA por: Emilo Gonzalez
Me assuta pensar o saldo negativo que desde já colheremos dessa campanha política. A julgar pelas pesquisas, quase metade da população brasileira se deixou levar, ingenuamente, pelos apelos fascistas transfigurados em discurso da "Moral" e "dos bons costumes" proferido pelo candidato José Serra. Em torno de sua candidatura, agruparam-se as forças mais conservadoras e retrógradas da política, imprensa e das instituições religiosas brasileiras. Padres que defendem a prática medieval da beatificação de santos e que apoiaram o golpe militar de 1964; um pastor canastrão, vendedor de biblias na madrugada, e que diz que o homossexualismo é uma aberração comparável à Zoofilia (Silas Malafaia); Imprensa historicamente golpista, e que na década de 1960, articulou e comemorou o golpe militar (Estadão, Organizações Globo, etc); políticos herdeiros do espólio da UDN, PSD e TFP, os mesmos que conclamam a sociedade a se mobilizar em torno da defesa da Familia e da Tradição... Esse, por acaso, era o mesmo discurso do Mussolini, na Itália. Defendia os "verdadeiros valores cristãos" da sociedade italiana; seu parceiro totalitário, Hitler, de maneira análoga, combatia o "anticomunismo ateu", em nome dos valores da família alemã... Num comício, nesta semana, o Serra disse à sua plateía que buscasse mais votos, e acrescentou: "Meninas bonitas precisam conseguir mais votos. Mandem mails para seus pretendentes. Diga que se votarem em mim, terão mais chance com vocês!".
É, Serra... esse foi um recurso muito usado pela juventude hitlerista. Como explicava Wilhein Reich, você atrai o jovem a partir daquilo que ele tem de mais fraco: sua pulsão sexual. Depois, o movimento faz o resto.
Ou alguém acha que o Hitler, quando subiu ao poder, não preparou meticulosamente suas forças, agrupando em torno de si as forças mais conservadoras e reacionárias da Alemanha?
O Serra diz que a Dilma não tem proposta, mas no fundo, ELE quer ser o que não é; diz que não irá privatizar nada, e que, inclusive, irá reestatizar bancos; diz que o bolsa-familia é dele; também afirma que a melhoria de qualidade de vida do brasileiro se deve à estabilidade econômica alcançada no governo que ele participava e tal (FHC/PSDB).
Para quem não sabe, nas eleições de 1989, a coalizão "neoliberal", apoiada massivamente por uma desesperada imprensa reacionária, elegeu Fernando Collor contra o PT, de Lula; O vice-presidente era um certo Itamar Franco. Impedido de continuar o mandato, em 1992, assume Itamar Franco, que logo nomeia como Ministro de Economia Fernando Henrique Cardoso. FHC ratifica reformas iniciadas na pauta neoliberal do governo Collor (privatizações, demissão de funcionários públicos, corte de gastos públicos e investimentos, etc) e se elege presidente. Eleito, chamou Serra para ser seu ministro, e começa manobras para comprar deputados afim de mexer na Constituição e garantir a emenda da reeleição. O líder do PSDB no Senado, Eduardo Azeredo, auxilia, criando um esquema de desvio de dinheiro público para comprar deputados o famigerado MENSALÃO. Nada se investiga, tudo se engaveta...
Apesar de dizer o contrário, Collor, Itamar Franco, FHC e Serra representam exatamente o MESMO PROJETO: neoliberalismo, desemprego estrutural, corte de gastos públicos, favorecimento ao capital externo, taxas de juros altíssimas, impostos e mais impostos (como a CPMF), repressão aos movimentos sociais e perda de direitos trabalhistas; tudo, é claro, de modo a "atrair" o capital financeiro para investir (leia-se: explorar barato) o Brasil.
É, Serra... esse foi um recurso muito usado pela juventude hitlerista. Como explicava Wilhein Reich, você atrai o jovem a partir daquilo que ele tem de mais fraco: sua pulsão sexual. Depois, o movimento faz o resto.
Ou alguém acha que o Hitler, quando subiu ao poder, não preparou meticulosamente suas forças, agrupando em torno de si as forças mais conservadoras e reacionárias da Alemanha?
O Serra diz que a Dilma não tem proposta, mas no fundo, ELE quer ser o que não é; diz que não irá privatizar nada, e que, inclusive, irá reestatizar bancos; diz que o bolsa-familia é dele; também afirma que a melhoria de qualidade de vida do brasileiro se deve à estabilidade econômica alcançada no governo que ele participava e tal (FHC/PSDB).
Para quem não sabe, nas eleições de 1989, a coalizão "neoliberal", apoiada massivamente por uma desesperada imprensa reacionária, elegeu Fernando Collor contra o PT, de Lula; O vice-presidente era um certo Itamar Franco. Impedido de continuar o mandato, em 1992, assume Itamar Franco, que logo nomeia como Ministro de Economia Fernando Henrique Cardoso. FHC ratifica reformas iniciadas na pauta neoliberal do governo Collor (privatizações, demissão de funcionários públicos, corte de gastos públicos e investimentos, etc) e se elege presidente. Eleito, chamou Serra para ser seu ministro, e começa manobras para comprar deputados afim de mexer na Constituição e garantir a emenda da reeleição. O líder do PSDB no Senado, Eduardo Azeredo, auxilia, criando um esquema de desvio de dinheiro público para comprar deputados o famigerado MENSALÃO. Nada se investiga, tudo se engaveta...
Apesar de dizer o contrário, Collor, Itamar Franco, FHC e Serra representam exatamente o MESMO PROJETO: neoliberalismo, desemprego estrutural, corte de gastos públicos, favorecimento ao capital externo, taxas de juros altíssimas, impostos e mais impostos (como a CPMF), repressão aos movimentos sociais e perda de direitos trabalhistas; tudo, é claro, de modo a "atrair" o capital financeiro para investir (leia-se: explorar barato) o Brasil.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
TROPA DE ELITE 2 NÓS JÁ SABIAMOS QUE O INIMIGO É OUTRO
Assisti o filme Tropa de Elite 2, sai surpreendido da sala de cinema e muito sensibilizado.
Motivos não faltaram para me contemplar a performance do personagem Fraga, defensor implacável de direitos humanos, com frases como: “Gostaria de ver o BOPE combater uma vez só traficantes de condomínios”, “Temos uma polícia que o símbolo é uma caveira, ou seja, a morte”. A vinda desse personagem ao filme trouxe maturidade, mostrou a fundo a complexidade de se debater violência dentro do campo da segurança pública, mostrando de forma explícita a relação entre crime, polícia e política.
Personagem Fraga é inspirado no camarada Marcelo Freixo, que dedicou décadas da sua vida a ações que dizem respeito a defesa de direitos fundamentais. Historiador lecionou em presídios cariocas e ajudou a fundar diversos cursinho pré-vestibulares comunitários. À frente da ONG Justiça Global, se tornou um grande pesquisador do tema de segurança pública.
O filme pauta de forma corajosa a questão da milícia, grupos armados formados por policiais, bombeiros e agentes de segurança que invadem comunidades, impondo regras e cobrando impostos. Uma organização mafiosa que age por dentro do Estado.
A lógica da milícia é a de substituir o tráfico, percebendo que nas favelas cariocas há muitas atividades rentáveis além do tráfico de drogas, como o esquema de TV a cabo – “gato-net” – o transporte de vans e Kombi e a venda de bujão de gás. Tudo isso passou a ser controlado de forma violenta por agentes do Estado que deveriam zelar pela segurança.
Em relação à Tropa de Elite 1, o Tropa 2 avança em muitos degraus mostrando a relação da segurança com as decisões políticas. O debate da violência deve ser feito dentro desse campo, o filme chama atenção da população, para relação mídia/política, um apresentador que lembra muito o Vagner Montes da TV Record, é aliado do governador e incendeia a opinião pública fazendo com que muitos acreditem que tais locais devem ser ocupados pela policia, por trás daquela ocupação está o interesse em preservar a zona sul da cidade área nobre, lembremos que o projeto de pacificação armada nas favelas cariocas, foi o principal motivo que fez com que o atual governador se elegesse ainda no primeiro turno da última eleição.
A problemática do filme é posta de forma perspicaz quando o capitão Nascimento, ex comandante do BOPE, se torna subsecretário de segurança pública, acreditando que iria combater traficantes e a polícia corrupta.
No entanto, percebe da forma mais dolorosa que os criminosos estão dentro do Estado, e então surge o conflito: “para combater o crime é necessário recorrer ao Estado, mas como combater o crime se os criminosos estão no poder”.
Para Nascimento agora o inimigo é outro, não é mais o varejista da favela. Seus inimigos estão dentro do Estado e por vezes ao seu lado.
Em uma das suas falas Nascimento desabafa dizendo que não sabe por que matou tanta gente, e diz que nenhum policial mata alguém sozinho, por trás daquela bala têm algum interesse político, mostrando a má condição de trabalho dos policias que estão sendo preparados para proteger o patrimônio da elite e combater a vida dos pobres.
O filme traz a tona a CPI das milícias organizada agora pelo deputado Fraga. Na vida real essa CPI aconteceu e nela se cumpriu 225 mandatos de prisão para policiais, delegados, deputados, vereadores entre outros.
Nascimento, enquanto comandante do BOPE, sempre foi contrário as idéias de Fraga, vendo nelas um idealismo fora da realidade, no inicio do filme ele mostra a sua raiva com o debate “demagogo” dos direitos humanos, enquanto Fraga taxa Nascimento de fascista e assassino. Esse conflito é verídico e mostra a oposição entre bope e direitos humanos, os personagens posteriormente se aliam para combater a milícia.
Coincidência ou não, o livro Tropa de Elite 2 é escrito por Rodrigo Pimentel, ex-comandante do BOPE, e o primeiro agradecimento do livro vai para Marcelo Freixo pela luta e coragem de enfrentar as milícias.
O Fraga da vida real vive sob um regime de cautela, não podendo se expor em muitos ambientes, é proibido de transitar na zona oeste do Rio de janeiro, ainda dominada pela milícia. Vivendo sob um forte regime de proteção, já foram descobertos três planos para assassiná-lo.
Importante que essa história venha à tona, para refletirmos que esse deputado sofre ameaças por ter cumprido a sua função.
Quando o filme termina, toca a música dos mc´s Junior e Leonardo o refrão não podia ser mais significativo para o filme.
“tá tudo errado é até difícil explicar, mas do jeito que a coisa ta indo já passou da hora do bicho pegar, tá tudo errado difícil entender também tem gente plantando o mal querendo colher o bem”.
Estou curioso para vê se a sociedade vai ter o mesmo entusiasmo com esse filme,da mesma forma que teve pelo primeiro.
Infelizmente é notório que a maioria da população defenda a execução sistemática de moradores da periferia, acreditando que o grande mal esteja lá, mas nós já sabíamos e muitos poderão entender que o inimigo na real é outro.
Motivos não faltaram para me contemplar a performance do personagem Fraga, defensor implacável de direitos humanos, com frases como: “Gostaria de ver o BOPE combater uma vez só traficantes de condomínios”, “Temos uma polícia que o símbolo é uma caveira, ou seja, a morte”. A vinda desse personagem ao filme trouxe maturidade, mostrou a fundo a complexidade de se debater violência dentro do campo da segurança pública, mostrando de forma explícita a relação entre crime, polícia e política.
Personagem Fraga é inspirado no camarada Marcelo Freixo, que dedicou décadas da sua vida a ações que dizem respeito a defesa de direitos fundamentais. Historiador lecionou em presídios cariocas e ajudou a fundar diversos cursinho pré-vestibulares comunitários. À frente da ONG Justiça Global, se tornou um grande pesquisador do tema de segurança pública.
O filme pauta de forma corajosa a questão da milícia, grupos armados formados por policiais, bombeiros e agentes de segurança que invadem comunidades, impondo regras e cobrando impostos. Uma organização mafiosa que age por dentro do Estado.
A lógica da milícia é a de substituir o tráfico, percebendo que nas favelas cariocas há muitas atividades rentáveis além do tráfico de drogas, como o esquema de TV a cabo – “gato-net” – o transporte de vans e Kombi e a venda de bujão de gás. Tudo isso passou a ser controlado de forma violenta por agentes do Estado que deveriam zelar pela segurança.
Em relação à Tropa de Elite 1, o Tropa 2 avança em muitos degraus mostrando a relação da segurança com as decisões políticas. O debate da violência deve ser feito dentro desse campo, o filme chama atenção da população, para relação mídia/política, um apresentador que lembra muito o Vagner Montes da TV Record, é aliado do governador e incendeia a opinião pública fazendo com que muitos acreditem que tais locais devem ser ocupados pela policia, por trás daquela ocupação está o interesse em preservar a zona sul da cidade área nobre, lembremos que o projeto de pacificação armada nas favelas cariocas, foi o principal motivo que fez com que o atual governador se elegesse ainda no primeiro turno da última eleição.
A problemática do filme é posta de forma perspicaz quando o capitão Nascimento, ex comandante do BOPE, se torna subsecretário de segurança pública, acreditando que iria combater traficantes e a polícia corrupta.
No entanto, percebe da forma mais dolorosa que os criminosos estão dentro do Estado, e então surge o conflito: “para combater o crime é necessário recorrer ao Estado, mas como combater o crime se os criminosos estão no poder”.
Para Nascimento agora o inimigo é outro, não é mais o varejista da favela. Seus inimigos estão dentro do Estado e por vezes ao seu lado.
Em uma das suas falas Nascimento desabafa dizendo que não sabe por que matou tanta gente, e diz que nenhum policial mata alguém sozinho, por trás daquela bala têm algum interesse político, mostrando a má condição de trabalho dos policias que estão sendo preparados para proteger o patrimônio da elite e combater a vida dos pobres.
O filme traz a tona a CPI das milícias organizada agora pelo deputado Fraga. Na vida real essa CPI aconteceu e nela se cumpriu 225 mandatos de prisão para policiais, delegados, deputados, vereadores entre outros.
Nascimento, enquanto comandante do BOPE, sempre foi contrário as idéias de Fraga, vendo nelas um idealismo fora da realidade, no inicio do filme ele mostra a sua raiva com o debate “demagogo” dos direitos humanos, enquanto Fraga taxa Nascimento de fascista e assassino. Esse conflito é verídico e mostra a oposição entre bope e direitos humanos, os personagens posteriormente se aliam para combater a milícia.
Coincidência ou não, o livro Tropa de Elite 2 é escrito por Rodrigo Pimentel, ex-comandante do BOPE, e o primeiro agradecimento do livro vai para Marcelo Freixo pela luta e coragem de enfrentar as milícias.
O Fraga da vida real vive sob um regime de cautela, não podendo se expor em muitos ambientes, é proibido de transitar na zona oeste do Rio de janeiro, ainda dominada pela milícia. Vivendo sob um forte regime de proteção, já foram descobertos três planos para assassiná-lo.
Importante que essa história venha à tona, para refletirmos que esse deputado sofre ameaças por ter cumprido a sua função.
Quando o filme termina, toca a música dos mc´s Junior e Leonardo o refrão não podia ser mais significativo para o filme.
“tá tudo errado é até difícil explicar, mas do jeito que a coisa ta indo já passou da hora do bicho pegar, tá tudo errado difícil entender também tem gente plantando o mal querendo colher o bem”.
Estou curioso para vê se a sociedade vai ter o mesmo entusiasmo com esse filme,da mesma forma que teve pelo primeiro.
Infelizmente é notório que a maioria da população defenda a execução sistemática de moradores da periferia, acreditando que o grande mal esteja lá, mas nós já sabíamos e muitos poderão entender que o inimigo na real é outro.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
fala no ato contra a violência em foz
Estamos aqui hoje para relembrar, ou melhor, para não se deixar esquecer, do assassinato de 4 jovens aqui dessa comunidade.
4 vidas que foram dizimadas de forma bastante cruel, desde então quatro anos se passaram.e o caso não teve avanços.
Pois se não bastasse o sentimento de perda, da cama vazia que foi deixada, do espaço na casa que jamais será preenchido, os familiares ainda têm que carregar dentro do peito a sensação da injustiça. Dormir e acordar sem uma resposta.
Esse é mais um caso emblemático que envolve o ciclo permanente de violência em foz,a violência é um processo contrário a lógica humana, os jovens da nossa cidade não estão conseguindo envelhecer,os pais estão enterrando os filhos,há na nossa cidade um genocídio da juventude.É cada vez mais comum crianças crescerem sem o pai que foi assassinado, a mãe muitas vezes têm que criar o filho sozinho, deixando essa criança mais vulnerável.
O mais cruel de todo esse processo é que nos enquanto sociedade estamos nos acostumando com a violência,a violência e o sofrimento não podem ser naturalizados.
Assistimos diariamente na televisão algumas vezes um show do circo dos horrores fazendo com que nos acostumemos com a violência,a vida de mais um jovem que se vai vira simplesmente um espetáculo.
O extermínio de nossa população jovem não é normal nem natural, é inaceitável. Não podemos aceitar que tanta gente seja morta, lutemos contra a banalização da vida.
A quantidade de jovens assassinados em foz mostra que Nossa cidade está doente. A maior prova dessa doença é o fechamento da classe abastada da população em condomínios fechados. A lógica de se fechar e se privar do mundo, perdendo o contato com a rua,pessoas e com o meio ambiente, se tornando prisioneiros dentro da própria casa, para assim se sentirem protegidos.
Com escreveu o músico Marcelo Yuka ‘as grades e os condomínios fazem a guarda e proteção mas também trazem a dúvida se você que vive na prisão”
Isso revela o medo que a população vive, Quanto maior o medo, maior a barbárie. Quanto maior a barbárie, maior a violência. E mais medo. Esse é o ciclo que vivemos hoje na nossa cidade.
Que a dor dos familiares do Marcelo, Mauricio, Jeferson e Ilson possam tocar o coração dessa sociedade que está surda e insensível. Que a justiça investigue o caso, pois se trata de vidas e não de objetos.
“não basta que seja pura e justa nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça estejam dentro de nós.”
4 vidas que foram dizimadas de forma bastante cruel, desde então quatro anos se passaram.e o caso não teve avanços.
Pois se não bastasse o sentimento de perda, da cama vazia que foi deixada, do espaço na casa que jamais será preenchido, os familiares ainda têm que carregar dentro do peito a sensação da injustiça. Dormir e acordar sem uma resposta.
Esse é mais um caso emblemático que envolve o ciclo permanente de violência em foz,a violência é um processo contrário a lógica humana, os jovens da nossa cidade não estão conseguindo envelhecer,os pais estão enterrando os filhos,há na nossa cidade um genocídio da juventude.É cada vez mais comum crianças crescerem sem o pai que foi assassinado, a mãe muitas vezes têm que criar o filho sozinho, deixando essa criança mais vulnerável.
O mais cruel de todo esse processo é que nos enquanto sociedade estamos nos acostumando com a violência,a violência e o sofrimento não podem ser naturalizados.
Assistimos diariamente na televisão algumas vezes um show do circo dos horrores fazendo com que nos acostumemos com a violência,a vida de mais um jovem que se vai vira simplesmente um espetáculo.
O extermínio de nossa população jovem não é normal nem natural, é inaceitável. Não podemos aceitar que tanta gente seja morta, lutemos contra a banalização da vida.
A quantidade de jovens assassinados em foz mostra que Nossa cidade está doente. A maior prova dessa doença é o fechamento da classe abastada da população em condomínios fechados. A lógica de se fechar e se privar do mundo, perdendo o contato com a rua,pessoas e com o meio ambiente, se tornando prisioneiros dentro da própria casa, para assim se sentirem protegidos.
Com escreveu o músico Marcelo Yuka ‘as grades e os condomínios fazem a guarda e proteção mas também trazem a dúvida se você que vive na prisão”
Isso revela o medo que a população vive, Quanto maior o medo, maior a barbárie. Quanto maior a barbárie, maior a violência. E mais medo. Esse é o ciclo que vivemos hoje na nossa cidade.
Que a dor dos familiares do Marcelo, Mauricio, Jeferson e Ilson possam tocar o coração dessa sociedade que está surda e insensível. Que a justiça investigue o caso, pois se trata de vidas e não de objetos.
“não basta que seja pura e justa nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça estejam dentro de nós.”
domingo, 10 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Ato no Colégio Carmelita relembra chacina no Porto Belo
Manifesto terá debate, teatro e hip hop em memória a 4 jovens executados.(MEGAFONE – Alexandre Palmar)
Teatro, hip hop e um debate darão o tom a um ato contra a onda de violência em Foz do Iguaçu que será realizado nesta quinta-feira, dia 7. Promovido pelo Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP), o evento começará às 19h30 no Colégio Estadual Carmelita de Souza, no bairro Porto Belo.
O manifesto será em memória a quatro jovens executados a tiros, em casa, na Rua Angela Aparecida Andrade, no Porto Belo, por um bando encapuzado, em 5 de outubro de 2006. À época, parentes e amigos das vítimas chegaram a protestar em frente à 6ª Subdivisão Policial, exigindo a elucidação da chacina, mas hoje parecem ter poucas esperanças.
Quatro anos após o crime que abalou a cidade, o inquérito policial pouco avançou para descobrir os autores da barbárie que matou Marcelo Farias Silva, 18 anos; Maurício Farias Silva, 24; Jéferson Aparecido dos Santos, 17; e Ilson Gonçalves Araújo, 20. A papelada vai e volta da delegacia ao fórum sem apresentar novos elementos na investigação.
A sensação de impunidade cresce entre as famílias dos jovens. Para a dona de casa Almerinda Gonçalves de Araújo, 52, mãe de Ilson, as pessoas são o que têm no bolso. “Se temos R$ 100, valemos R$ 100; se temos R$ 10, valemos R$ 10. Se não temos nada, não valemos nada. Por isso ninguém toma providências”, desabafou.
Almerinda contou que foi buscar informações sobre a investigação várias vezes no fórum e na delegacia, mas nunca obteve dados concretos. A doméstica revelou à reportagem que espera um dia encontrar o assassino do filho, “não para se vingar”, mas para dizer-lhe o quanto “é doloroso enterrar um filho”.
Já o empresário Paulo Aparecido dos Santos, 44, pai de Jéferson, lamentou a forma como a chacina foi noticiada na época. “O que me dói no coração é saber que meu filho morreu inocente e foi enterrado como bandido”, relatou o assistente técnico em equipamentos industriais ao Megafone.
A dor pela perda irreparável é compartilhada por outra mãe. Sob anonimato, por medo de represálias, a senhora disse não acreditar no esclarecimento da chacina. “No começo protestamos muito. Hoje desisti. Não acredito nos homens, só na justiça divina. Prefiro ficar quieta e cuidar dos filhos ainda vivos.”
Manifesto – A programação do ato no Colégio Estadual Carmelita de Souza começará com a encenação de A última flor, de James Thurber, com texto de Millôr Fernandes. A apresentação será feita por alunos da Casa do Teatro, sob a direção de Carol Miskalo.
Depois haverá uma mesa de debate sobre infância, juventude e violência, mediada por assistentes sociais e jornalistas. Um show de hip hop completará o manifesto. Além de alunos e professores, participarão do ato famílias das vítimas da violência no município.
A reportagem tentou consultar o processo no Fórum de Justiça, porém foi informada pela 4ª Vara Criminal que a papelada está na 6ª SDP. De fato, o site do Tribunal de Justiça do Paraná revela que o inquérito está desde 25 de fevereiro na delegacia. Ontem, o delegado de Homicídios, Marcos Araguari Abreu, afirmou que informará o andamento do caso à reportagem até quinta-feira.
Teatro, hip hop e um debate darão o tom a um ato contra a onda de violência em Foz do Iguaçu que será realizado nesta quinta-feira, dia 7. Promovido pelo Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP), o evento começará às 19h30 no Colégio Estadual Carmelita de Souza, no bairro Porto Belo.
O manifesto será em memória a quatro jovens executados a tiros, em casa, na Rua Angela Aparecida Andrade, no Porto Belo, por um bando encapuzado, em 5 de outubro de 2006. À época, parentes e amigos das vítimas chegaram a protestar em frente à 6ª Subdivisão Policial, exigindo a elucidação da chacina, mas hoje parecem ter poucas esperanças.
Quatro anos após o crime que abalou a cidade, o inquérito policial pouco avançou para descobrir os autores da barbárie que matou Marcelo Farias Silva, 18 anos; Maurício Farias Silva, 24; Jéferson Aparecido dos Santos, 17; e Ilson Gonçalves Araújo, 20. A papelada vai e volta da delegacia ao fórum sem apresentar novos elementos na investigação.
A sensação de impunidade cresce entre as famílias dos jovens. Para a dona de casa Almerinda Gonçalves de Araújo, 52, mãe de Ilson, as pessoas são o que têm no bolso. “Se temos R$ 100, valemos R$ 100; se temos R$ 10, valemos R$ 10. Se não temos nada, não valemos nada. Por isso ninguém toma providências”, desabafou.
Almerinda contou que foi buscar informações sobre a investigação várias vezes no fórum e na delegacia, mas nunca obteve dados concretos. A doméstica revelou à reportagem que espera um dia encontrar o assassino do filho, “não para se vingar”, mas para dizer-lhe o quanto “é doloroso enterrar um filho”.
Já o empresário Paulo Aparecido dos Santos, 44, pai de Jéferson, lamentou a forma como a chacina foi noticiada na época. “O que me dói no coração é saber que meu filho morreu inocente e foi enterrado como bandido”, relatou o assistente técnico em equipamentos industriais ao Megafone.
A dor pela perda irreparável é compartilhada por outra mãe. Sob anonimato, por medo de represálias, a senhora disse não acreditar no esclarecimento da chacina. “No começo protestamos muito. Hoje desisti. Não acredito nos homens, só na justiça divina. Prefiro ficar quieta e cuidar dos filhos ainda vivos.”
Manifesto – A programação do ato no Colégio Estadual Carmelita de Souza começará com a encenação de A última flor, de James Thurber, com texto de Millôr Fernandes. A apresentação será feita por alunos da Casa do Teatro, sob a direção de Carol Miskalo.
Depois haverá uma mesa de debate sobre infância, juventude e violência, mediada por assistentes sociais e jornalistas. Um show de hip hop completará o manifesto. Além de alunos e professores, participarão do ato famílias das vítimas da violência no município.
A reportagem tentou consultar o processo no Fórum de Justiça, porém foi informada pela 4ª Vara Criminal que a papelada está na 6ª SDP. De fato, o site do Tribunal de Justiça do Paraná revela que o inquérito está desde 25 de fevereiro na delegacia. Ontem, o delegado de Homicídios, Marcos Araguari Abreu, afirmou que informará o andamento do caso à reportagem até quinta-feira.
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