quinta-feira, 22 de março de 2012

A MULHER UTERINA! (DEDICADO A DANNY)

Certa vez Freud disse que a tendência do homem, era procurar uma mulher que se assemelhe com a mãe. Humildemente tenho que discordar, para mim quanto mais parecido a mulher for com minha irmã, maior será minha admiração. Ela sim é hoje a minha grande referência Feminina.

Mulher forte e determinada, porém sensível e carinhosa. A mulher uterina! Que cuida da humanidade inteira como se fossem seus filhos, ela age como se tivesse parido toda a sociedade, se responsabiliza por todos e todas, não vê crença, não vê classes só enxerga seres humanos, e faz tudo isso com uma paixão intensa pela vida, com um jeito muito peculiar de ser.
A mulher uterina se metamorfoseia, ela renasce todo dia, se refaz sempre e por mais absurdo que seja, a cada momento ela se torna mais madura, sempre diz não saber, sempre diz que não está pronta, mas sempre, sempre mesmo! Toma conta da situação.Não há nada embaraçoso para ela, todos se rendem!

Seu amor perene e libertário é cotidiano. Ela é rua, é viagem é liberdade. Não é cativeiro, prisão ou asilo. A mulher uterina é sincera, amável e terna. A ternura acompanha seus passos. Sejam eles rápidos ou acelerados, seu jeito meigo conquista as pessoas, mas incomoda muitos também.

Como uma grande companheira ela age, pensa e senti! Senti por demais as dores dos outros. Senti no útero a dor da vida. Do machismo cotidiano que ela enfrenta, da opressão e da barbárie sexista patriarcal. A mulher uterina é a mulher revolucionária, militante que faz a vida ter um maior valor. Mesmo que para isso ela pague um preço alto, perdendo as vezes o que há de mais valioso nessa vida que é o senhor tempo.

Esse não volta mais, nem sempre ela dedica a sua preciosidade temporal aos que merecem, ela quebra a cara muitas vezes, mas o mais lindo de tudo isso e que ela se permite errar, se reconhece como humana, e não desisti das pessoas jamais, acreditar nelas por piores que sejam é o que há mantém viva!


Ela tem uma chama que arde dentro do seu peito, essa chama queima, dói e a machuca. Mas a chama não se apaga, o melhor ela não se deixa apagar. Enquanto houver pelo menos uma fagulhinha dentro dela acessa, essa menina persisti em sonhar. De utopia em utopia ela desafia a barbárie, ela brinca com a vida, ela dança balé com o destino. Ela não aposta suas cartas no futuro ela aposta na humanidade e vive o presente, o hoje, a vida é agora.

A mulher uterina é heterogênea, ela é a mistura complexa de mãe, irmã, amiga, avó e deusa!Ela é alma, cabeça, coração, memória e muito útero!Ela gera vida aos já nascidos,crescidos porém que não foram nutridos pelo amor, ela se dedica aqueles que ainda não se reconhecerem dentro dos seus corpos,aqueles Que ainda não encontraram sua natureza humana. Ela é cúmplice do tempo! Passar minutos ou segundos com ela vale muito a pena!

Depois que uma mulher uterina passa por sua vida, você estará mais seguro do amanhã. Suas palavras e gestos marcarão sua alma. Sua vida irá doer menos. Não há sujeito homem que a enfrente. Ela é força,é coragem,é astuta mas é muito humana, é doce, é ternura guevariana, é audácia de Simone Bevauir, ela é mulher emancipada, livre e capaz.

É flor que cresce no deserto, é cor que colori a paisagem sombria do centro carioca.É a calma tão necessitada na central do Brasil, é a mãe de acari! É compaixão com o próximo, é paz de espírito, é partilha, é comunhão, é o fruto do humanismo, é a saudade meiga da mãe que perdeu o filho, ela é a menina uterina! Minha irmã e amiga Que tanto me fascina!

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