quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dorme-te, divina!



Divina, você dorme!
 Deito-me em seu leito
Quando apenas queria, deitar em seu corpo
Enquanto se torna um sonho meu
Sonho contigo, sonho-te!

Tu me bebes, e eu me converto na tua sede
Seus lábios me mordem, seus dentes me beijam
Sua alma me habita, Minha pele te veste
Você a noite é impulsiva, estrela marinha ardente

Sua cabeça deitada, Sobre meu peito poeta
 Envolve-Me, no seu mais profundo sonho
Como um menino em seus braços
 Sinto-me protegido e acolhido

Nossos sonhos são lirismos do destino
Tento-Me livrar da sina do machismo
Ao seu lado está nascendo um novo tempo
Juntos, somos ritmos construtivos

Seu amor é perene, sua Natureza é Amante, seus olhos são brilhantes
Resta-me o fogo no lábio para saciar seu desejo
Seu suor me molha, sua respiração melodiosa me inspira
 Meu coração não bate, tamborila
 Divina você dorme, Dorme-te divina!
Pois, acordada sensualisa minha vida

terça-feira, 10 de julho de 2012

VOE MENINO VOE!


 VOE, MENINO VOE!
Voe menino pássaro!  
Vá de passos lentos e olhar sincero
 Voe assim de mãos límpidas e braços abertos
VOE, MENINO VOE!
Voe entre as palavras e poesias, olhares e melodias
Voe para o mundo imaginário, das ilusões coloridas
VOE, MENINO VOE!
Sua Cabeça vive na lua, seu corpo sempre preso na rua, seus pés firmes no chão!
Vá menino! Pensa ser forte, sente-se se fraco, ser forte é ser frágil
Voe leve como uma pluma, mas com asas de aço
VOE, MENINO VOE!
Voe menino pipa para colorir o céu
Quer conquistar o espaço, mas quando abalado,  não levanta  do chão!  
voe  forte menino falcão!
Voe com sua Rebeldia e ternura, tu es um doce leão
VOE, MENINO VOE!
Seu voo nunca é fim, sempre é recomeço, Recomece!
Reencontre-se entre os novos abraços e braços
 Em cada corpo reencontrado e perdido
  Há sempre uma compaixão meiga e um ego ferido
VOE, MENINO VOE!
Voe alto! Com as deusas
 Cative-as e seja cativado por elas
 Mas não se permita ser cativeiro!
VOE, MENINO VOE!
Voe! Até alcançar as estrelas
Contemple-as, bem no alto, elas são parte dos seus voos
Não desacredite dos seus brilhos, As estrelas são como paixões, incertas!
 Mas não pode nega-las, nem teme-las!
VOE, MENINO VOE!
Voe! Entre os sonhos, idiomas, planetas e biomas
 Voe!  Nas gírias e dialetos, pensamentos, afeto e desafeto
Voe! De passos leves e olhar sincero
VOE, MENINO VOE!
Corra para o abraço de mãe, sinta-se a sensibilidade do feto
 Caminhe acelerado: sagaz e malandro
Caminhe devagar: terno e poeta
VOE, MENINO VOE!
Vá menino! De passos leves, ande pela boemia, bares e templos
Vá De mãos alçadas com a esperança
 Voe!  Rasante nas paixões mundanas.
VOE, MENINO VOE!
Vá menino! Siga, sem pressa! De passos em passos se conheça e se reconheça
 Nesse universo tão sofrido, mas requerido, esquecido e lembrado
Voe com o imensurável, Voe tapete mágico!
VOE, MENINO VOE!
Voe leve como um ultraleve voe sonhador como um aviador
Voe! Tranquilo ou atordoado, siga  Com seus cachos, cacheados e olhos marejados
Voe! De mãos atadas com o sentimento libertário!
VOE, MENINO VOE!
Na favela, no campo e asfalto!
A história não é urgente nem inevitável
 Educar e educar-se para ouvir não para falar
  Sinta-se parte do mundo livre que pode ser reinventado
VOE, MENINO VOE!
Faça Silencio para escutar!  Vá! Com a Comunicação no olhar
 Voe Homem, voe menino!  
 Caminhe com sua urgência particular, de o mundo transformar
VOE, MENINO VOE!
Voe com as amigas do tempo
 Voe com as companheiras das melhores horas
Elas são mais quentes que a luz solar
A conquista é uma turnê devagar!  
VOE, MENINO VOE!
Vá menino! Dê passos  lento e moroso
Que aprendas o caminhar da justiça e nunca o descaminhar da vingança
Nunca alimente a angustia por um salto duvidoso
VOE, MENINO VOE!
Voe alto!  De peito aberto e coração alado
 Voe muito menino! Menino avião!
Mas quando possível pouse em um só coração!

domingo, 17 de junho de 2012

A paz do seu sonho


O mundo lá fora é tão sofrido
É tão bom, chegar em seu lar
Encontrar o sossego em seus braços
A rua tem sido um pesadelo
E sua casa um reduto de sonhos
Nesse ambiente de ternura
 Encontro e me reencontro
Com a paz de espirito que tanto necessito

domingo, 3 de junho de 2012

Entre o ressentimento e a indecisão


Nem Danilove nem Danilagem
Confundi-me com meus personagens
Entre o conflito e a indecisão
ora ternura ora malandragem

O dilema entre materializar os desejos e a auto-sabotagem
Eu não sei se virei fim ou recomeço
Acho que me perdi dentro de mim
Entre o ressentimento e o consentimento

Não sei se sou alivio ou ferimento
Detrioramento da alma, sou um poço de sentimento
O tempo me devora, sou desaparecimento
Acomodação, amodelamento e desmoronamento!

Sozinho sou músico sem instrumento
Sou resultante das migalhas partilhadas e socializadas das noitadas
Despejadas em lagrimas, memórias embaraçadas
Cristalizado, homogeneizado, metamorfoseado e reconfigurado

Entre a integração e a mutação
Personificado, egoesclerozado, militante, limitado e militonteado
Ora esquecido, ora requerido
Mas romântico até o fim da vida ou até outra vida se há


Entre o afastamento e o acolhimento
Aos amores que carrego e tenho de forma incondicional
Ora que me move, ora que me prende
Ora que liberta ora que acorrenta

Eu já era tudo isso! Mas me permitir em me tornar aquilo
Algo de mim foi extraído, fiquei sucumbido
Sei lá oque era tudo isso, mas foi oque me permitiu que eu fosse
Com ajuda do destino ora sou homem ora sou menino

domingo, 20 de maio de 2012

Rasguei meu contrato religioso com o deus/patrão e refiz meu contrato com a natureza e a humanidade:



  Existe nessa sociedade um contrato imposto entre a relação homem/deus. A figura de deus nessa sociedade é assimilada com a de um patrão.
O homem é controlado, amedrontado e vive com medo de ser punido caso seu trabalho não seja bem feito.
Homens buscam ser “bons” ou terem atitudes “boas” esperando uma promoção dos céus, que é transferida na terra ao consumo de mercadorias supérfluas como roupas, carro e joias. Os que tiveram ascensão social são os bons “fieis”.Entre uma caridade ali, outra aqui, seres acreditam acumular pontos para conquistar uma boa gratificação no final da vida.

Rasguei meu contrato religioso com o deus/patrão e refiz meu contrato com a natureza e a humanidade:

Rasguei meu contrato com deus/patrão: libertei-me da ideia de salvação ou calvário. 

Rasguei meu contrato com deus/patrão: sofrer para aprender não!  Aprender é transcender.

Rasguei meu contrato com deus/patrão: viver não é torturar o presente com os valores do passado, e sofrer ameaças com castigos e punições no futuro.

Refiz meu contrato com a humanidade: meu deus é o mar ou o mar é um deus liquido. Ele me ensina que existe uma força maior, algo superior, que não compramos e nem controlamos. Sejamos humildes somos só mais uma partícula no universo.

Refiz meu contrato com a humanidade: estou aprendendo a respeitar a natureza da qual faço parte. Estou tentando modificar a sociedade do qual também sou responsável.

Refiz meu contrato com humanidade: contemplei as pessoas, aprendi a vê nelas a possibilidade da amizade, do afeto, da paixão e da promessa. E não a vê-las como uma ameaça, um inimigo, no qual tenho que combater e competir.
Viver é um pleno exercício espiritual. de respeito, aprendizado, consciência e ajuda mútua.  E a espiritualidade é uma relação permanente, sem forma ou receita única.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Aprendendo a ouvir o silêncio


Estou aprendendo a ponderar o amor com sabedoria, quase como uma tecnologia
As batidas  por minuto do meu coração vão além das ondas sonoras do meu mp3
Melhor do que ouvir a  música, os pássaros e a cidade , é ouvir o som da alma

O som da alma se chama silêncio e  Ele sempre  diz muito!

domingo, 13 de maio de 2012

AMOR DE MÃE É IMENSURÁVEL!!!!



 Quando eu nasci, ela só queria ser mãe
Quando comecei a dar os primeiros passos, ela me amparou
Quando comecei a falar, ela me escutou
Quando comecei a crescer, ela me deixou voar
Quando meus sonhos foram quebrados, ela ajudou a consertá-los

Quando errei, ela não me bateu, conversou e me abraçou
Quando sofri, abri nela um abismo de dor
Quando adoeci, ela me curou
Quando fui morar fora, ela conheceu o sentido da palavra ausência

Quando me perco nas noites, ela tenta reinventar o dia
Quando estou frágil, ela me fortalece
Quando estou cinza, ela me colori
Quando tudo fica escuro na minha vida, ela aparece com seu brilho, sua luminosidade materna

O amor de mãe,não pode se medido por distancia, é mas extenso que os oceanos
O amor de mãe não pode ser medido por tamanho, é mais alto que as montanhas
O amor de mãe não pode ser medido por valor, por que esse amor é o que há de mais humano
Por isso mãe te amo!!!

sábado, 12 de maio de 2012

Nem o azar da vida certa, nem a sorte do lado errado

A sorte é que meu coração é forte
Tão forte que nem o fio da navalha mais afiada pode cortá-lo
Mas, a sorte é que meu coração é forte
Tão forte que nem a bala do fuzil mais potente pode perfurá-lo

A sorte é que meu coração é forte
Tão forte que, nem a pisada de um elefante de uma tonelada pode esmagá-lo
Mas, a sorte é que meu coração é forte
Tão forte que nem a mordida do tubarão, mas voraz pode arranhá-lo

O azar é que meu coração é fraco
Tão fraco que, as pétalas das rosas podem dilacerá-lo
Mas, o azar é que meu coração é fraco
Tão fraco, que os acordes bem tocados de um violão podem machucá-lo

O azar é que meu coração é fraco
Tão fraco que, uma poesia bem declamada pode feri-lo
Mas, o azar é que meu coração é fraco
Tão fraco, que as frações dos milésimos de segundos, daquela discussão interminada podem disritima-lo      

Nem o azar da vida certa, nem a sorte do lado errado, meu coração é assim tão simples-humano...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A VIDA É UM MOSAICO



Hoje a reencontrei, há tempo a procurava, forjava esse momento, essa coisa tão minha, tão intima, há meses isso não acontecia. 

Estava em meu quarto, e acho que lá está um pouco dela, a minha cura, a paz que necessito.
Ela apareceu sutilmente naquele ambiente, um pouco tumultuado entre os papeis com rabiscos de ideias, poemas e lembretes do que fazer jogados pela cama e pelo chão. 

A frente o mosaico do comandante Ernesto Che Guevara lapidado com carinho pelo camarada Javier guerreiro.

  Na parede o desenho de um camponês segurando o arame farpado desenhado pelo companheiro Carlos latuff, ao lado a bandeira do Mst deixada em cima da escrivania  doado pelo compa  Angelo Manzin.

Ela está lá! Entre esses objetos, no meio dos escombros de sentimentos, deixados pela relação mutua dos irmãos de caminhada.

Está entre as cartas e regalos guardados na gaveta, na memoria, na lembrança dos amores do passado e do presente, está no ultimo incenso que  acabo de queimar, o perfume dele se espalha pelo meu quarto, me lembra um pouco do perfume dela, fico confuso.  

 Recordo de  bons  momentos com  uma companheira que tenho muito apreço, ela Sussurra a primeira palavra,  e meu ouvido, quanto apego! 

Mas ela está também nos livros em cima da minha prateleira, dos mestres da vida, Vito Gianotti, Claudia Santiago e Repper Fiell. Todos com lindas dedicatórias vê-los sempre lembram que a vida vale a pena.

Ela, está presente no quadro de Eduardo marinho em cima da minha cama com o titulo observar e absorver, e absorvendo aquela energia, ela foi chegando e me tocou novamente, sua segunda frase é  “Busco no presente minhas utopias do passado”.

Sorri, abri a janela da sacada e disse seja bem vinda, minha querida, preciosa e rara, consciência! É tão bom te senti assim tão minha.

Você esteve tão sumida nesses tempos, ando tão pouco racional ultimamente, sinto que você me abandonou, eu fiquei sozinho, enclausurado pela ansiedade e angustia,  desorientado  pelo sentimentalismo que balançou   meu  coração  pró-feminista.

Mas ela já chegou me cobrando, mesmo há meses sem me visitar ela nunca é meiga, que consciência mais marrenta. O primeiro questionamento foi: oque tem feito com seu tempo?  Tem produzido coisas positivas? Como tem tratado as pessoas? Como anda a sua relação com seus pais? E seu trabalho? Tá educando ou tá enganando? Esbravejando ela dispara sua terceira frase “Já aprendeu a controlar seu ego fdp!”. 

No silêncio que procedeu, após o esporro que levei, a vida doeu. Mas passado os primeiros minutos de contradições, ela viu que estava ferido, foi, mas branda, mas amiga e terna.

Então antes que ela desaparecesse aproveitei sua presença sublime e disse, espera ai Não vá embora porra!  

 Tenho pensando em tudo isso que você ponderou: família, amigos, relações conjugais, trabalho, luta e educação...

Ajude-me, me sinto tão covarde, nós somos tão poucos nossos inimigos são tantos, nós somos tão frágeis nossos inimigos são tão fortes, não seria mais lucido de fato eu me desesperar de vez?

Ela sorriu, tocou meu ombro e disse serenamente, enquanto você estiver desesperado, angustiado e desanimado haverá nisso tudo também a esperança. 

E da fagulha de esperança que arde seu peito irá nascer a expectativa do novo, que vai jorrar toda agua límpida purificando  nossa alma, assim sua sede  de futuro será sanada. 

Pois Cada segundo de sua vida meu jovem, tem o rumor vivo das utopias, é na utopia, na esperança e na possibilidade do amanhã que se move o imenso chão da vida. 

Caminhe, de preferencia de passos lentos, se permita ser mais humano, e lembre-se há sempre a  necessidade  de se  reconstruir, junte os últimos pedaços de sentimentos, paixões, sensibilidade e utopias,  reconstrua seu quadro humano, se refaça! Liberte-se dos maus pensamentos, A vida é um mosaico!

domingo, 29 de abril de 2012

A sociologia no dia-a dia...


A sociedade é maquiavélica
Tanta gente enlockecida,  
Com essa Idéia de propriedade privada  
 
Não há Rosas,  são Dias de barbárie, 
nesse tempo há muita focaultrua, 
Tudo soa falso, republicaram a republica  
 
 roussounearam o contrato social,
Tudo que é publico hoje cheira a mijo,
 prevaleceu a privada que a burguesia caga,
a riqueza é de poucas nações Na Res publica privada 
 
  O estado não foi marxcizado, o povo é visto como culpado,
 Esse não possui propriedade, só força de trabalho,
todo voto tem seu preço,  todo patrão tem seu escravo,

A humanidade têm pouco valor,
as pessoas obtem uma felicidade relativa,
 se realizam com a fetichização da mercadoria 
e vivem sob uma depressão absoluta
  com um desemprego estrutural.
 E a vida só tem mais- valia para o capital



sexta-feira, 20 de abril de 2012

 

Meu pé de Videira por: Mauricio ferreira

Você, textura viva e rara, pele em veludo - brilhante como o sangue – sutil, que tanta inveja causa às simplórias Malváceas.

Você, colhida sob as frias manhãs de setembro, espécie única – de mais formoso pecíolo – inigualável beleza – outra igual não me lembro – a mais perfeita alvorada.

Você, de aroma suave, quão vistoso é o elixir - bebida dos deuses - que invade minha boca e por ela somente desejo desagua.

Você, líquido que me desce, e que a garganta me afaga - enquanto chove agora – e que tanto me aquece - nesta noite clara - bem mais que lenha de acácia.

Mas é também você, que me corre nas veias e meu corpo embriaga, a mente devaneia, o rosto avermelha, as pernas enfraquece, as vezes também me desaba.

E também você, quando em mim, por muito não me aguenta, vem fácil e me apaga.

Mas é só você, safra nova, que a velhice do tempo melhora, já em 29 anos é rara, e que nenhum preço lhe paga sequer uma dose homeopática.

Somente você, que é extraordinária - que é UVA! - mas também humana, que é de outro plano, muda de Santa Rosa ou videira jupteriana.

sábado, 14 de abril de 2012

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano:

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: ser humano é não se render aos dogmas e não se prender as verdades absolutas, nada mais humano do que a dúvida, ser dúvida é ser vivo e viver é apenas um exercício permanente, e sem forma única.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: ser humano é ser sensível, ser sensível é despertar, é viajar intrinsicamente pela alma, o pior erro que podemos cometer é se sentir poderoso, não você não é foda, ninguém é! Liberte-se da ideia de martírio ou salvação. Simplesmente viva!

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: Somos o nossos próprio templo somos o ser, o mundo e o universo, ser humano é se reconhecer como criatura que pertence a natureza.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: seja humano, se permita à reflexão, á raciocinar sobre tudo e questionar tudo. É necessário assimilar as criticas como incentivo para que tentamos ser aquilo, que com certeza ainda não somos, uma pessoa mais humana, solidária e verdadeira.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: se deixar humanizar é aceitar a procura, se desenvolver , ligar as causas e consequências serenamente, sem medo de errar.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano : desumano é apontar a ignorância dos outros e toma o sofrimento como ensinamento, aprender é transcender, compreender e esclarecer sem lição e nem regras.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano : ser humano é unir, respeitar e abraçar. o sagrado está em tudo.na amizade, na família, na relação professor/aluno, tudo é tempo e o tempo é que é sagrado.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: A religião tortura o presente com os valores do passado, ameaçando com castigos e punições no futuro.A humanidade deve viver o presente levando em conta as lições do passado, fazendo o plantio para a colheita no futuro. O cientificismo frigido condena e encarcera a natureza. A humanidade deve buscar desenvolver a consciência para aprender a tratar com respeito a natureza.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: A religião promete o encontro com Deus depois da morte. A ciência disse que esse encontro jamais haverá, e a humanidade deve buscar a espiritualidade, deixar se encontrar com os Deuses e deusas que estão dentro de nós, a cada momento, na nossa atitude e na praxes cotidiana.

Nem a fé dogmática nem o poder cientifico legitimado, simplesmente humano: A sociedade Quer te ensinar a ver ao próximo como uma ameaça e te impedem de vê-lo como uma promessa, é verdade que se decepcionamos com pessoas, temos amizades e paixões desencontradas, ser humano é está pronto para concertar os sonhos e a esperança que foram quebrados durante a nossa efêmera caminhada. Seja criatura humana!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Qual é a cor do seu sangue?

No século XIX um filosofo alemão começou a refletir sobre a sociedade daquela época. Percebeu que algo estava errado. Pois havia um deslumbramento muito grande com a cor azul. O azul era límpido, pois representava a liberdade. Pois a libertava da opressora cor dourada, que simbolizava o ouro e o poder dos reis. O azul aparecia como o novo, era tão racional, igualitário e fraterno. A cor azul se espalhou pela Europa, cresceu e começara a se impor. Com o passar do tempo todos também queriam ter o sangue azul. Os que tinham sangue azul eram especiais compravam, vendiam e negociavam. Taxavam os preços, os prazos e os juros. Mas o teimoso alemão achava que o sangue que devia predominar era o vermelho que era comum a todos. Pensava uma vez que a maioria sangrava vermelho, o porquê desse sangue não se estabelecer, ser dono das hemácias que produz. O sangue estacava “vermelhadamente” nas fabricas, pubs e em todos os cantos suburbanos da Europa. Essa população sangraria pelos mesmos motivos: fome, miséria e exploração do trabalho. Enquanto os azuis sangravam nos portos, nas feiras de comercio e no mercado. Sangravam de prazer. Do lucro, do poder de compra e de venda. O problema é que os que sangravam vermelho sonhavam um dia também poder sangrar azul. Pois os Azuis disseram que era só eles se desenvolverem, progredirem e evoluir que também chegariam um dia a ter a dádiva do sangue azul. Há os azuis pareciam tão bonzinhos,eram tão finos, nobres e educados. Ao que parece eles foram merecedores desse sangue tão especial. É algo tão natural nascer com esse sangue tão raro. Mas o filosofo pensou, refletiu e concluiu que aquilo não era possível, por que para aquela minoria ter o sangue azul era necessário explorar e retirar cada vez mais os glóbulos do sangue comum dos vermelhos. Assim ele desenvolveu uma complexa teoria que a sociedade vivia em uma luta de sangues, os azuis versus o vermelho. O alemão teimoso muito fez. Escreveu, falou e debateu. Conseguiu convencer alguns do sangue comum que eles jamais prosperariam, mas esses ainda não foram suficientes para derrotar os azuis. Por que a conjuntura dos vermelhos não conseguem se vê como sangue comum, e os que se vêm como vermelhos não conseguem se comunicar com os demais do mesmo sangue. E dessa forma seu sangue segue cada vez mais desvalorizado. Enquanto o sangue azul segue dominando e se valorizando ainda mais. Hoje no século XXI está cada vez mais raro e difícil manter o nível de sangue azul na sociedade. Mas ainda não há problema para esses. Pois quando seus glóbulos se enfraquecem e tem uma baixa de hemácias no mercado, eles sacrificam ainda mais o sanguinho comum dos pobres e excluídos vermelhos. Hoje todo homem sangra, mas em cores diferentes. E você em que cor sangra?

domingo, 1 de abril de 2012

HÁ COMO EU GOSTO, ACREDITO E ADMIRO:

Esses dias eu sonhei, o melhor tive um pesadelo, aonde meu corpo era alvejado por vários disparos. Acordei e pensei: para está pronto para vida, tenho que está pronto para a morte. Não posso pensar em me desapegar dessa terra sem dizer a alguns companheiros de caminhada, o quanto eu gosto, acredito e os admiro.

Irmãos e irmãs da rua, compas de luta, fruto da mesma arvore, fomos gerados no mesmo ventre:

Como gosto, Acredito e admiro: mano zeu, com quem tenho aprendido tanto e vivido tantas experiências significativas, mais um daqueles poetas primorosos que surgem nos becos e vielas das periferias brasileiras. Voz ativa da favela, intelectual orgânico sua música forte e contundente balança as mais duras estruturas, fala favela fala!

Como gosto, Acredito e admiro: Adriana facina antropóloga humanizadora das universidades que me fez acreditar que a tão insonhável cumplicidade entre academia e favela não é tão impossível assim. Favela é cultura!

Como gosto, Acredito e admiro Aluizio palmar, jornalista, que possui uma memória de elefante, que não se deixa de esquecer! As feridas e chagas da ditadura estão na sua alma, e mesmo com todo esse sofrimento vivido por ele; ele ainda carrega esperança, no auge dos quase 70 anos ainda sonha como um jovem e mesmo sentindo o peso do fracasso de não ter conseguido fazer a revolução popular comunista que o brasil necessitava tem a esperança de que o amanhã virá! “A verdade dói, mas a verdade é a verdade”

Como gosto, Acredito e admiro: Gizeli Martins jornalista, SeuS 1,60m e seus 44 kg, escondem uma fortaleza de pessoa. Pequena fisicamente mas de alma enorme, Ela é uma ponta de esperança nesse mundo caótico, refleti como poucos sobre essa planeta favela em que vivemos, evidencia nossas semelhanças como povo, sabe que a semelhança e a união dos comuns, será a raiz para a construção de um novo mundo a ser erguido pelos oprimidos, pelos pobres, pretos, favelados, ela tem uma força própria, sabe sempre resistir e se reconstruir, e não perde a fé na vida.

Como gosto, Acredito e admiro: Emilio Gonzalez historiador ele quem me fez perceber o brilho de ser historiador, meu amigo, meu irmão ativista que me apresentou a história dos trabalhadores latino americano. E que na praxes cotidiana leva a missão da História que é o de compreender o passado para modificar o presente. ”Os trabalhadores não esquecerão dos seus mortos”.

Como gosto, Acredito e admiro: Claudia Santiago jornalista, sua comunicação comunitária que denuncia o sofrimento das camadas populares, que são avidamente consumidos pela mídia corporativa e pela indústria cultural para alimentar o voyerismo das elites e das camadas médias que geralmente apresenta a vida dos debaixo de modo descontextualizado, estetizado e naturalizado.

Como gosto, Acredito e admiro: Pamella passos, mulher forte, guerreira que irradia energia no seu trabalho de campo nas favelas cariocas. Faz com que crianças, jovens e adultos sonhem com um outro mundo a partir dos caminhos imensuráveis da web.

Como gosto, Acredito e admiro: Fernando favaretto amigo de todos as horas, que sempre me inclui nas suas utopias, do sonho das hortas comunitárias á educação emancipatória. São essas coisas que nos fazem caminhar irmão, obrigado!

Como gosto, Acredito e admiro: Marcelo yuka ,poeta e revolucionário irmão da minha irmã, meu irmão também! Ele quem disse ‘paz sem voz não é paz é medo! E disse ao mundo que quanto mais guetificada a periferia, maior o medo. Quanto maior o medo, maior a barbárie. Quanto maior a bábarie, maior a violência. E mais medo. Esse é o ciclo que a sociedade deve combater, Yuka é sábio e sagaz evidenciou a prisão em que a classe média se enclausurou se tornaram vitimas também do medo criado por essa sociedade insana “as grades do condomínio que são pra trazer proteção, mas que também trazem a dúvida se é você quem está nessa prisão". Ele quer uma sociedade sem prisões.

Como gosto, Acredito e admiro: Carlos Latuff cartunista, chargista seus traços produz e reproduz a arte contra barbárie, retrata brilhantemente experiências coletivas de vida, de resistência, de formas de organização social, de valores como a solidariedade, ternura e muita luta.

Como gosto, Acredito e admiro: Vitto gianotti mestre da comunicação sindical, quebrou as muralhas da linguagem, ensina cotidianamente que a linguagem é o instrumento de dominação da burguesia , mas que a linguagem é dialeticamente também, o instrumento de emancipação dos povos, enfrenta como pouco os cães raivosos da mídia burguesa, esses que hoje se voltam violentamente contra o povo favelado e buscam demitir das favelas a sua responsabilidade criadora de uma cultura urbana.

Como gosto, Acredito e admiro: Mc fiell mano que faz a favela pulsar, fervilhar. Mesmo vivendo a todo o tempo sob ameaça da upp: unidade da polícia pacificadora militarizada faz do seu rep e das suas cartilhas a denuncia contra o descaso dos governantes, a falta de políticas públicas, e nos mostra o olho grande da elite avarenta que faz do santa marta um laboratório para o urbanismo, um modelo de cidade que não inclui o morador, fiel se pergunta diariamente UPP PRA QUEM?

Como gosto, Acredito e admiro Padre carlos teólogo da libertação, humanista que me mostrou que até as instituições mais conservadoras como a igreja católica pode guardar conteúdos explosivos. se deus sabe o que faz como acredita os católicos , então ele sabe que as três fronteiras necessita de mais rosas e menos sangue e talvez seja por isso que ele presenteou a nossa cidade com um padre revolucionário. Padre Carlos é nosso cristão molotov!

Como gosto, Acredito e admiro Katarine flor jornalista, militante, feminista, negra. Que me nutre nas férias de verão com sue amor libertário. Lhe agradeço pelo debate de gênero que tenho acumulado nós últimos anos ao seu lado.

Irmãos e irmãs da rua, compas de luta, fruto da mesma arvore, fomos gerados no mesmo ventre:

Que a alma de vocês se aprimorem cada vez mais, que sejam criativos, que expressem o que se passa entre seus corações e mentes, que construam caminhos para que as vozes dos oprimidos possam soar alto e acordar essa sociedade capitalista que está surda e insensível. A humanidade agradece!

quinta-feira, 22 de março de 2012

A MULHER UTERINA! (DEDICADO A DANNY)

Certa vez Freud disse que a tendência do homem, era procurar uma mulher que se assemelhe com a mãe. Humildemente tenho que discordar, para mim quanto mais parecido a mulher for com minha irmã, maior será minha admiração. Ela sim é hoje a minha grande referência Feminina.

Mulher forte e determinada, porém sensível e carinhosa. A mulher uterina! Que cuida da humanidade inteira como se fossem seus filhos, ela age como se tivesse parido toda a sociedade, se responsabiliza por todos e todas, não vê crença, não vê classes só enxerga seres humanos, e faz tudo isso com uma paixão intensa pela vida, com um jeito muito peculiar de ser.
A mulher uterina se metamorfoseia, ela renasce todo dia, se refaz sempre e por mais absurdo que seja, a cada momento ela se torna mais madura, sempre diz não saber, sempre diz que não está pronta, mas sempre, sempre mesmo! Toma conta da situação.Não há nada embaraçoso para ela, todos se rendem!

Seu amor perene e libertário é cotidiano. Ela é rua, é viagem é liberdade. Não é cativeiro, prisão ou asilo. A mulher uterina é sincera, amável e terna. A ternura acompanha seus passos. Sejam eles rápidos ou acelerados, seu jeito meigo conquista as pessoas, mas incomoda muitos também.

Como uma grande companheira ela age, pensa e senti! Senti por demais as dores dos outros. Senti no útero a dor da vida. Do machismo cotidiano que ela enfrenta, da opressão e da barbárie sexista patriarcal. A mulher uterina é a mulher revolucionária, militante que faz a vida ter um maior valor. Mesmo que para isso ela pague um preço alto, perdendo as vezes o que há de mais valioso nessa vida que é o senhor tempo.

Esse não volta mais, nem sempre ela dedica a sua preciosidade temporal aos que merecem, ela quebra a cara muitas vezes, mas o mais lindo de tudo isso e que ela se permite errar, se reconhece como humana, e não desisti das pessoas jamais, acreditar nelas por piores que sejam é o que há mantém viva!


Ela tem uma chama que arde dentro do seu peito, essa chama queima, dói e a machuca. Mas a chama não se apaga, o melhor ela não se deixa apagar. Enquanto houver pelo menos uma fagulhinha dentro dela acessa, essa menina persisti em sonhar. De utopia em utopia ela desafia a barbárie, ela brinca com a vida, ela dança balé com o destino. Ela não aposta suas cartas no futuro ela aposta na humanidade e vive o presente, o hoje, a vida é agora.

A mulher uterina é heterogênea, ela é a mistura complexa de mãe, irmã, amiga, avó e deusa!Ela é alma, cabeça, coração, memória e muito útero!Ela gera vida aos já nascidos,crescidos porém que não foram nutridos pelo amor, ela se dedica aqueles que ainda não se reconhecerem dentro dos seus corpos,aqueles Que ainda não encontraram sua natureza humana. Ela é cúmplice do tempo! Passar minutos ou segundos com ela vale muito a pena!

Depois que uma mulher uterina passa por sua vida, você estará mais seguro do amanhã. Suas palavras e gestos marcarão sua alma. Sua vida irá doer menos. Não há sujeito homem que a enfrente. Ela é força,é coragem,é astuta mas é muito humana, é doce, é ternura guevariana, é audácia de Simone Bevauir, ela é mulher emancipada, livre e capaz.

É flor que cresce no deserto, é cor que colori a paisagem sombria do centro carioca.É a calma tão necessitada na central do Brasil, é a mãe de acari! É compaixão com o próximo, é paz de espírito, é partilha, é comunhão, é o fruto do humanismo, é a saudade meiga da mãe que perdeu o filho, ela é a menina uterina! Minha irmã e amiga Que tanto me fascina!

sábado, 10 de março de 2012

VOE MENINA VOE!


Não se prenda menina, liberte-se

Voe para seu mundo de encantos, de cores e sons

Viva onde guarda suas inspirações

Seja assim sempre sincera, controle as emoções

Transgrida, rebele-se brinque com o mundo onde ele é mais alegre

Seu sorriso é tão lindo que faz até a vida se render

Minha companheira dos dias, amiga do tempo, romeira do universo que voem seus passos!

Acompanho com meu coração alado

Vai meu abrigo! caminhe estou contigo, sempre estive! quero está Junto! não na sua frente, nem nas suas costas mas ao seu lado

Lhe fiz e re-fiz me, rafaça-se sempre

Vá com calma, siga de passos leves e olhar profundo

Voe bastante! mas quando possível venha até mim

Te espero, te aguardo , fique tranquila ,meu sentimento é libertário!