segunda-feira, 17 de maio de 2010

Feira do livro ou cultura sem incentivo?

No último sábado dia 15 de maio, fui conferir a terceira edição da feira do livro, propagandeada como o maior evento literário do Paraná.
E o que eu vi mais uma vez foi uma atividade esvaziada, e a mesma desculpa esfarrapada. O povo de foz não se interessa por cultura, literatura etc.
Na verdade as políticas culturais da cidade não se importam com o povo e o esvaziamento revela essa relação conflitante entre a população e ações promovidas pela fundação cultural.

O que eu vi foram alguns estandes de livrarias consolidadas da cidade vendendo Best Sellers, nada de novo, nada de atraente. Como um festival nesse formato que valoriza o mais do mesmo vai chamar a atenção da população?

Nessa cidade há vários poetas, artistas e escritores, uma forte expressão através de fanzines, revistas e jornais e tudo o que há de mais criativo no área de literatura; e mais uma vez contatamos que os escritores da cidade não são lembrados e não são convidados a participar na feira do livro da cidade. Esquisito não?

o formato de “festival” não reconhece esses artistas pois é preferível incentivar as editoras e livrarias já consolidadas, que pagam caro para alugar um espaço nessa feira.Ao que consta tomaram um prejuizo.


Mas nem tudo foi perdido ao menos no sábado rolou um o show com a banda de blues da argentina Rula y Los de la Esquina que arrebentou. O pouco público que apareceu aplaudiu de pé.

A feira do livro não valeu a pena um espaço chato, frio sem nada de atraente. Mas pelo menos a boa música compensou o que seria um tempo perdido.

Mas em algum jornal comprado da cidade haverá uma nota dizendo que esse evento é um sucesso, mas a feira do livro na verdade revela mais uma vez a cultura sem incentivo.

Em contrapartida emerge cada vez mais eventos organizados por esses "sem espaço" e "voz" e que estão cada vez mais lotados.Só nesse mês foram 2 eventos o café com teatro que rolou no zeplin old bar e a festa do pessoal da serigrafia da likelion, que reuniu bandas, poetas, escritores, artistas e ativistas da cidade.

Será mesmo que o povo de foz não se interessa por arte e literatura?

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