sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NOTA DE REPÚDIO AO LATIFUNDIÁRIO TRANQUILO FAVERO

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu vem a público apresentar seu veemente repúdio ás declarações do latifundiário Tranqüilo Favero de que os camponeses paraguaios são delinqüentes e devem ser tratados como “mulher de malandro, que só obedece na base do pau".

Favero que se instalou no Paraguai na década de 70 e foi beneficiado com a compra de terras a preços irrisórios, além de outras benesses outorgadas pelo General Alfredo Stroessner, é dono de império que inclui grandes extensões de terras, produção de sementes, fábrica de agroquímicos, máquinas agrícolas, linhas de financiamento à produção, silos de armazenagem e até um porto.

As expressões de elogio à ditadura que o beneficiou e de clara apologia da violência social, de gênero e histórica, por parte do latifundiário, foram dadas em entrevista publicada pelo jornal Folha de São Paulo, edição do dia 5 de fevereiro.

O CDHMP rechaça a violência como via de solução de conflitos sociais, condena à apologia a violência de gênero que golpeia a vida de milhares de mulheres. Advoga ainda o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu o resgate da memória sobre as violações aos direitos humanos ocorridas no período das ditaduras civis-militares latino-americanas porque ainda hoje a sociedade sofre suas conseqüências, entre elas a enorme desigualdade social a criminalização dos movimentos sociais e as diversas formas de violência institucional.

Foz do Iguaçu, 24 de fevereiro de 2012

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